Paixão

Sou uma mulher eternamente apaixonada!
Sou profundamente amante do meu Estado, o Rio Grande do Sul; sou uma humilde fã da nossa tradição nativa, da nossa paisagem natural, campos, pampas, galpões e cidades; sou admiradora da educação e fraternidade do nosso povo e da nossa história.


Sou fascinada por animais! Sou encantada por gatos, sua doçura, seu comportamento interesseiro e adorável, suas manias hipnotizantes e sua inteligência. Sou absolutamente maravilhada pelo carinho, dedicação, amizade, empatia e bom humor dos cães.


Sou puramente grata pela minha família, o amor, o cuidado, o companheirismo, a simplicidade, a cumplicidade, a confiança...tudo!


Sou perdidamente apaixonada pelo meu namorado, Rodrigo. Sou encantada pelo seu romantismo, carinho, amor, dedicação, inteligência, magia...


Sou absolutamente deslumbrada pela imensidão do mundo, a diversidade dos países, a inteligência e tecnologia humana, a magnitude do espaço, a beleza da lua e das estrelas... A arte, a música, a dança, a poesia... A história, a herança, a felicidade...


Sou grata à vida pelo que ela é, admiro humildemente os sentimentos humanos e as oportunidades que o destino nos dá de senti-los e vive-los em nossa jornada por esse mundo.


E quando digo que sou apaixonada, refiro-me à tudo isso que citei acima, e não se trata de um "gostar", o que quero mesmo é dizer que meus sentimentos são a mais pura e profunda paixão de fato, daquelas que você não sabe como expressar, são o suficiente para te fazer sentir bem e feliz, fazem pensar que é suficiente e agora é só aproveitar, fazem você se sentir completo.
Sou uma mulher eternamente apaixonada...



Trauma

Êeeee saudade que eu estava de postar... Isso devido à minha atual moradia em outro país e toda a bagunça que vem junto com as mudanças que fazemos em nossas vidas.
Mas isso não vem ao caso agora (porque a verdade é que não tenho um bom motivo e me sinto culpada por isso), vamos direto ao que importa!

O desafio de procurar um emprego em um país estrangeiro, com o propósito de me manter aqui para aprender a língua e conhecer os maravilhosos países vizinhos, fez-me abrir as portas para uma nova possibilidade de profissão temporária (já que, nessa situação, conseguir emprego na própria área de atuação é uma missão quase impossível, escritórios, agências, burocracia, criação... nada disso). Pensei em algo fácil, que eu goste, não seja difícil de encontrar e pague razoavelmente bem (mas principalmente que eu goste), minha primeira opção foi ser nanny (babá).

Ahhh... Eu iria me realizar porque absolutamente adoro crianças e ainda seria fácil!!

Nas idas e vindas de currículos por aí, contatos e entrevistas, eis que tive uma entrevista ruim, em um lugar bem longe (1:15 de ônibus) e desconhecido, com uma família de imigrantes (pai africano e mãe polonesa).
Sem contar que me perdi antes de chegar devido à dificuldade de acesso ao local (perdoada por esse fato).
Um dia após disso, que considerei ser desperdício de tempo e do meu sagrado dinheirinho nas passagens de ônibus, recebi a ligação do "pai" me oferecendo o emprego.

Muito, muito surpresa e, sem saber o porquê, sem muita animação, aceitei o emprego.
No dia seguinte encarei novamente a odisséia para chegar no meu "trabalho" e lá conheci minha pupila.
Conversa vai e conversa vem, levei todos os documentos que haviam me pedido por telefone, pois havia anotado, repetido e confirmado quais eram. Mas quando cheguei o "pai" me perguntou: "Você trouxe o passaporte?". Após eu dizer que não, ele retruca "preciso dele, traga amanhã!"
 $#*&#%$* Por quê ele não me pediu?
Meu nervosismo de "primeiro dia" e devido ao árduo trabalho de entender seu sotaque, achei melhor não retrucar.

O "pai" saiu por três horas e me deixou cuidando da menina de três aninhos... Durante essas 3 horas ele conseguiu me ligar 3 vezes para ver se estava tudo certo e pedindo para falar com a garotinha... Entendo que ele tenha se preocupado por eu ser uma desconhecida, mas será que ele achou que eu havia afogado ela?

Minha adorável criança tinha uma "carência de atenção" (como o "pai" preferia chamar) e havia estado doente nos últimos dias. Eis que a florzinha me disse que sentia frio nas mãos. Eu, como uma nanny muito preocupada, dei a íncrivel ideia de esquentá-las, mas ela me interrompeu dizendo "Não! Vamos brincar!!". Após isso acontecer mais umas duas vezes, ela associou suas mãos frias à febre e foi na cozinha buscar o termômetro para que eu medisse sua temperatura... affffffff

Corre-corre e esconde-esconde, aquela energia sequer diminuia e, durante os jogos, bater com os brinquedos na própria cabeça e ameaçar chorar parecia fazer ela sentir que recebia mais atenção... que amor...

Parte final...
Depois de eu sentir uma vontade imensa de fugir da casa pela janela, o "pai" retornou para conversarmos sobre os detalhes da contratação. A amável criança não largava meu braço para que eu fosse brincar com ela e o "atencioso pai" parecia achar aquela encomodação linda.
Assim, sem darmos à "merecida" atenção à sua carência, ela resolve buscar os brinquedos na sala para jogar no chão ao nosso lado com toda a força para, assim, fazer o barulho jús ao seu pedido de carinho. O "pai" sorriu e disse "Ela quer atenção".

Não foi encantador??

Na negociação avisei que teria que pegar 2 ônibus para chegar ao local e, como ele estava me propondo um valor de salário abaixo do mercado, propús que ele pagasse ou que dividíssemos o valor do transporte. Ele sorriu e disse "Nunca ninguém me perguntou isso antes! Tenho que pensar!"
Ah, vá pra *&%$**¨%$#$# (ops, desculpe!)
O "pai" me avisou que eu teria que trabalhar no próximo sábado, no outro dia ele mandou uma mensagem lembrando disso e durante a tarde ele me ligou mais duas vezes.

Desfecho da história: Nunca mais os vi. Abandonei o emprego sem ter começado, nem quis receber por aquelas 3 horas "vamos considerar que foi um teste, han?!"


Obs.: Não me interpretem mal! Ainda amo crianças, mas digamos que estou focada em conseguir um emprego em outra área do mercado de trabalho :)



Desculpem pela história estar tão loooonga!!!